O filme retrata a confecção da clássica edição de setembro de 2007 da revista Vogue, a maior da história, com 840 páginas. Durante uma hora e meia você acompanha os bastidores do processeo de edição da publicação. Para se ter uma ideia da importância dessa edição, ela começa a ser pensada cinco meses antes. Candy Prats, diretora de moda da Vogue, resume seu significado. "Setembro é o mês de janeiro para o mundo da moda, é onde tudo muda".
Mais do que retratar como é feita a revista mais importante do mundo fashion, o documentário é um retrato de sua editora, a toda poderosa Anna Wintour. O adjetivo não é à toa. O publisher Tom Florio traduz o significado de Wintour para o mundo da moda. "Ela é a criadora desse mundo". Florio também conta que não há nada que aconteça no "universo Vogue" sem que Anna esteja envolvida.
Anna Wintour é convidada de honra para 99% dos desfiles, seja na Europa ou nos Estados Unidos. A câmera filma momentos antes de vários desfiles e em um deles é possível ver o estilista perguntar as pessoas: "A Anna já chegou?". Com a negativa da resposta pede para segurar a apresentação, que só tem inicio com a chegada da editora da Vogue.
Ainda na Europa, uma jornalista ousada pergunta a Anna Wintour, durante o Fashion Paris, o motivo de muitos a chamarem de "mulher de gelo" e o que ela tem a dizer sobre. Com muita elegância e tranquilidade, Anna responde: "Essa foi uma semana muito gelada. O que posso dizer?". Sorriso amarelo para todos os lados.
Outros momentos do documentário são um tanto constrangedores. Quando, a convite de Stefano Picati a jornalista vai vai conhecer a nova coleção da Yves Saint Laurent. Nervoso, Picati manda as meninas entrarem e desfilarem para Anna, que olha tudo e diz friamente que "não é bonito".
Grace Coddington
Anna Wintour é o grande nome por trás da Vogue America, mas ela não está sozinha. No documentário conhecemos Grace Coddington, diretora criativa da revista. Cerca de 90% dos ensaios realizados para a maior edição de setembro foram realizados por ela.
Se há alguém que consegue mudar a opinião de Anna é Grace. As duas começaram juntas na Vogue America. É uma parceria que já dura vinte anos. Ao fim do documentário Anna diz que Grace "é um gênio" e que ao longo dessas duas décadas elas "aprenderam" a conviver uma com a outra.
Grace foi modelo famosa nos anos 60 e chegou a ser capa da Vogue Europa. Sofreu um acidente de carro e teve o rosto fraturado. Ela conta que a revista lhe ofereceu emprego e assim ela começou a sua carreira de editora de arte. Hoje é considerada a melhor stylist do mundo.
"Nos entendemos", é o que diz Grace sobre a sua relação com Anna Wintour. Ela também não poupa elogios à colega de trabalho. "Quando todos achavam que pele estava fora de moda, Anna colocou pele na capa da Vogue e a moda voltou", conta Grace. "Essa cultura de celebridades... Anna foi a primeira a perceber que sem as celebridades as revistas não iriam sobreviver e ela foi a primeira, nos anos 90, a colocar celebridade numa capa", disse Grace. Veja o trailer !
ow adorei o post e o blog! Realmente a Vogue America de Setembro é como uma bíblia para nós fashionistas (risos). Adoro a Wintour seu trabalho no comando da Vogue é sensacional. Gostei mesmo do post. Quem o escreveu está de parabéns!
ResponderExcluir@LicoVeloso